O Dr. Gustavo Jardim Dalle Grave (foto), sob a supervisão do Dr. Ênio Tadashi Setogutti, discorreu no dia 12/03/2013 (terça-feira) sobre uma série de casos clínicos. Foram discutidos exames de pacientes com diagnóstico de espondilodiscite e abscesso epidural associado.
O primeiro caso apresentado foi de uma mulher de 52 anos, HIV+, que procurou tratamento médico em razão de dor intensa na região lombar e parestesias em membros inferiores. A espondilodiscite foi apontada como uma das principais hipóteses diagnósticas.
A análise das imagens demonstrou a presença de edema envolvendo superfícies discais dos corpos vertebrais de L5 e S1, com impregnação periférica pelo meio de contraste e uma extensa coleção epidural intra-canal de D11 a L5 secundária à espondilodiscite (abscesso epidural). Foram observados, também, redução de calibre na medula terminal e deslocamento anterior da mesma.
O segundo caso exposto foi de um homem de 70 anos que buscou auxílio médico em razão de lombalgia crônica com intensificação do quadro álgico, limitação funcional e emagrecimento acelerado nos últimos 2 meses.
Entre os achados detectados estava um extenso edema que comprometia a medular óssea dos corpos vertebrais de L1 e L2 e coleções líquidas no espaço intersomático correspondente, extensivas ao compartimento epidural contíguo, dotadas de nítida impregnação periférica pelo meio de contraste, caracterizando mais um quadro de espondilociscite com abscesso epidural secundário.
O encontro prosseguiu com a descrição de fisiopatogenia da espondilite e espondilodiscite (infecção da vértebra e disco intervertebral), tanto suas formas piogênicas (infecção bacteriana supurativa) como granulomatosas (em especial tuberculose), com as respectivas apresentações clínicas e achados de imagem.
Com diversos exemplos ilustrativos, discutiu-se, também, sobre o abscesso epidural, suas principais etiologias, fatores predisponentes e particularidades de localização, disseminação e achados correspondentes.